Se a sua empresa anuncia no digital, leia este artigo com atenção. Vamos falar, de forma bem simples, de um tema que tem a ver com o resultado do seu negócio daqui em diante.


O impacto do fim dos cookies no seu investimento em mídia


Vamos começar pelo contexto, pelas definições e pelos termos importantes.

A primeira peça do quebra-cabeça são os navegadores. Como a maioria de vocês já sabe, são os sistemas, as “janelas” pelas quais você, como no nome diz, navega na internet.


O mais popular no Brasil é o Chrome, do Google, com 70% de participação de mercado. Outro bastante popular para quem navega pelos celulares é o Safari, da Apple.


Esses navegadores instalavam (o Chrome prorrogou até 2023) os famosos cookies enquanto você visitava os seus sites favoritos. Cookies são arquivos de texto que registram toda a navegação e os dados de visitantes dos sites.


Tais informações, de forma agregada, ajudavam as plataformas de mídia como o próprio Google, o Facebook, o Instagram e as de mídia programática (que anunciam, principalmente, em sites e em portais) a selecionar, de forma mais precisa, os públicos para quem mostrar seus anúncios.


Isso era feito através dos dados de comportamento extraídos dos cookies.

Ou seja, sem os cookies, seu investimento em mídia digital dará menos resultado se algumas providências não forem tomadas.

É o fim do mundo como o conhecemos?


Não seria tão dramático, mas é uma mudança profunda trazida pelas exigências de privacidade e pelas regulações internacionais e nacionais, como a LGPD.


O que fazer, então? O principal caminho, apontado por todos os especialistas, muito bem-retratado em recente matéria no Propmark sobre o fim dos cookies e sobre os desafios para publicidade, diz respeito aos “first party data” — ou dados primários, em português.


Calma, não é mais um nome da moda.


Na verdade, estamos falando da sua base de clientes, de ex-clientes, de leads e de todos os contatos conseguidos (com consentimento) por meio das relações comerciais e das estratégias de comunicação voltadas para isso.


Em 2018, já havia apontado a importância dessa estratégia em meu artigo “A evolução da mídia digital e o que vem pela frente” . Nele, trouxe os desafios com a LGPD, a constante redução do alcance orgânico nas redes sociais e a migração de usuários entre plataformas como outros fortes motivos para construir sua base de dados primários.


Com o fim dos cookies, essa decisão é inadiável


A boa notícia é que dar os primeiros passos não exige investimentos exorbitantes, nem conhecimentos avançados em Ciência da Computação. É bem mais simples do que isso.


É preciso, sim, ter planejamento, disciplina e visão de médio prazo, sem imediatismo, para iniciar a transformação — que, na verdade, deveria ser o primeiro passo da tão falada “transformação digital”.

Basicamente, estamos falando de:

  • Centralizar e organizar a sua base de contatos existente;
  • Escolher uma ferramenta (existem ferramentas boas e acessíveis no mercado);
  • Mapear e padronizar os campos dos pontos de interação com o cliente e a captura de dados;
  • Desenhar as integrações necessárias;
  • Implementar soluções.

Sem isso, sua empresa não está preparada para o futuro.

Pense grande, porém comece com pequenos passos e pelo básico…

…Mas comece já.