Nos primeiros anos, a mídia digital nasceu espelhando o modelo do Rádio, TV e Veículos Impressos: transformar  em receita a audiência em sites e portais. Nos últimos 20 anos a evolução prosseguiu, incorporou o tráfego em mecanismos de busca e depois os usuários nas redes sociais.

Recentemente, essa evolução vem migrando de forma acelerada para a valorização dos dados, com a entrada de novos players de peso no mercado.

A figura abaixo mostra esta evolução:

De forma bem resumida, podemos dizer que a evolução foi do tráfego, para usuários (Facebook), dados de terceiros (organizados através da mídia programática) e dados próprios (de grandes grupos com volume de clientes e dados transacionais altos) comercializados para terceiros.

Esta quarta onda está se realizando através de, havendo fusão ou não, grandes e-commerces, operadoras de telefonia e portais de conteúdo.

O que vem pela frente?

Desde 2014, mudanças de algoritmo e a redução do alcance orgânico nas redes sociais, já apontavam a necessidade de uma estratégia paralela. O relatório da Ogilvy “Considerando a vida após a morte do orgânico” já apontava:

  • Certifique-se de que está buscando uma estratégia de mídia social neutra em relação as plataformas e que ela esteja ancorada em seus objetivos de negócio. Não seja um “platform dependent”;
  • Busque agressivamente um recrutamento “cross platform”. Trabalhe para direcionar seus seguidores do Facebook e Twitter para sites e outras plataformas onde eles podem ser convertidos para bancos de dados de CRM. Considere o recrutamento de banco de dados direto de plataformas sociais.
  • Quando possível, ofereça aos usuários a chance de fazer o login usando “social logins”. Isso facilita a integração de dados de APIs sociais e seu banco de dados de CRM.

As ferramentas de automação de marketing, pela sua capacidade de trabalhar um grande volume de dados, segmentar e disparar ações em “real time” de forma integrada com diversos canais são um caminho indicado para avançar neste sentido.

Em breve, com o aumento do uso da inteligência artificial nestas ferramentas (verdadeiros cientistas de dados anabolizados trabalhando 24hs por dia), organizar as informações de forma centralizada será um salto competitivo gigante para as empresas que estiverem à frente do processo.

Como se preparar para o futuro?

É preciso dar o primeiro passo, de organizar os dados chamados “First-Party data”, ou seja, “dados de sua propriedade, que você os capturou em seu site, aplicativo para dispositivo móvel (app), call center, CRM ou outro canal que você tenha disponibilizado para se comunicar com o mercado” como descreve o Líder do Watson Marketing no Brasil, Eber Gustavo em seu artigo A importância do First-Party data .

Com estes dados e as ferramentas hoje disponíveis é possível construir a sua própria base de audiência, segmentá-la, enriquecê-la com dados comportamentais e disparar ações “real time” de acordo com comportamentos e gatilhos pré-definidos para redes sociais, e-mail, mídia do Google e até mesmo mídia programática.

A grande diferença? O dado é SEU! Seu controle é maior em questões como a nova lei de proteção de dados  e sobre a utilização de seus dados por um competidor, por exemplo, o que pode acontecer quando fornece um dado para uma DMP que não é sua.

Comece já a sua estratégia para enfrentar os desafios de mídia online do futuro!