O Branding passou por uma profunda transformação no digital, será que a sua marca já se deu conta?
Mudanças em modelos de negócios, tecnológicas e de comportamento do consumidor sacodem o ambiente em qualquer mercado. Nos últimos três anos vivemos profundas mudanças nestes três pilares.
E o que uma marca deve fazer para se manter forte neste novo cenário? Primeiro vamos nos lembrar dos três “Bs” do branding – brand, branding and brand identity.
O Branding, portanto, trabalha ao mesmo tempo a sua imagem corporativa, valores institucionais e o posicionamento dos seus produtos e serviços. É uma árdua missão, não?
Para ser bem trabalhado em termos de comunicação exige ações coordenadas entre Marketing e PR (assessoria de imprensa) dentro e fora do mundo digital.
Mas como o Branding foi impactado pelas transformações atuais?
Em nossa introdução citamos três pilares de mudança: modelos de negócio, tecnologia e comportamento do consumidor. Vamos falar um pouco mais sobre cada um deles:
1) Modelos de negócio: os modelos de negócio P2P, que intermediam a conexão entre prestadores de serviços e clientes são os principais exemplos de ruptura: Uber, Airbnb, iFood. Marcas centenárias foram impactadas diretamente pela velocidade com que a tecnologia propicia a implementação de novos modelos de negócios revirando de cabeça para baixo mercados há anos já estabelecidos.
Para os executivos de marketing, não basta mais pensar em novos produtos, todo o modelo de negócio deve estar constantemente sendo repensado;
2) Tecnologia: este é um tema transversal, mas vamos focar no seu impacto na comunicação e experiência do cliente. Aquele mundinho “do século passado”, de uma jornada de três pontos, foi para o espaço. Mais precisamente, para o cyberespaço.
Jornada de compras antes da internet e do omnichannel
Antes havia um processo quase linear, restrito a poucos canais de transmissão. Estes canais eram abastecidos de forma seleta por poucas empresas produtoras de conteúdo e publicidade, para seduzir milhares de consumidores com informação escassa e nenhuma voz.
Ou seja, este processo hoje se parece muito mais com um novelo de lã.
Transmissão e produção de conteúdo foram atomizadas e hoje o consumidor tem a mão terabytes de informação para tomar sua decisão e voz ativa nas redes sociais.
3) Comportamento do consumidor: A pandemia funcionou como um catalizador para transformações que vinham amadurecendo na sociedade: empresas e consumidores que vinham adiando a sua digitalização tiveram que dar um salto de 10 anos em meses. Isso mudou profundamente os hábitos e a jornada de consumo.
Diminuir a fricção nesta experiência multiplataformas e canais é mandatório.
Afinal, como trabalhar o Branding Digital então?
1) Conteúdo, muito conteúdo para as diferentes etapas da jornada de compras (descoberta, conhecimento e compra) e para as plataformas e formatos onde seu cliente está mais presente.
Os benefícios de ter um valoroso conteúdo “evergreen” são:
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- Engajamento firme e constante com a sua comunidade
- Prova a consistência da comunicação
- Mostra o seu conhecimento (autoridade)
- Oferece informação para subsidiar a compra
2) Presença integrada: seu conteúdo deve estar disponível no canal, na etapa da jornada e no formato de preferência dos diferentes tipos de Personas que a sua marca tem. Isso hoje é possível através de estratégias de Martech, utilizando ferramentas de automação que centralizam as bases de dados e distribuem a comunicação de forma segmentada e multicanal, aprendendo com o comportamento dos clientes.
3) Campanhas com diferentes objetivos, porém interconectadas: as campanhas com foco em Awareness devem estar integradas ao conteúdo para as demais etapas do funil de vendas, e vice-versa. Faça isso através da criação de públicos, remarketing e gatilhos automáticos disparados por lead tracking em ferramentas de automação
4) “Site Centric”: uma estratégia de branding digital hoje deve ter o site como um hub de conteúdo e de agregação dos canais. Isso melhora o SEO e consequentemente o tráfego e conversões orgânicas e traz os clientes de outras plataformas para mais perto da conversão.
O site deve servir como fonte alimentadora de redes sociais, e-mail marketing, whatsapp e todos os demais canais de comunicação. Eles, por sua vez, devem apontar o conteúdo de volta para o site.
5) Integração cada vez maior entre assessoria de imprensa e comunicação de marca. Releases, conteúdos informativos, branded content e até matérias e publicações em grandes veículos devem ser alavancadas utilizando as duas estratégias.
Por exemplo: porque não impulsionar aquela bela entrevista do CEO em um programa jornalístico de grande credibilidade nas redes sociais, segmentando para seu público?
6) Por último, a coerência na identidade visual e do tom de voz continuam sendo prioritários para a construção de uma marca forte. Assim como uma experiência de compra simples e agradável, do fechamento à entrega.
A maior diferença entre o digital branding e o digital marketing é o foco do primeiro em prover valor, inspirar lealdade e reconhecimento de marca. Uma missão mais duradoura e de longo prazo. Já o marketing digital tem a missão, fundamental também, de encontrar consumidores e gerar vendas.
Comece já a trabalhar seu branding digital, produzir um bom conteúdo com frequência e disciplina é a chave. Depois é só ir sofisticando a distribuição e personalização. Boa sorte!
Fontes:
https://digitalbrandinginstitute.com/digital-branding-content-marketers/
https://99designs.com.br/blog/logo-branding/digital-branding/